o banco e o jardim ...

uma escalada

quem sabe uma festa de verdes

flores e cores

terras estranhas nas entranhas

topos de montanhas

florestas

queria em tudo adentrar

sem pensar me pus a caminhar

pedras

barreiras

espinhos mil encontrei ...

a dor , o sangue a me escorrer

não me faziam desistir

nem o frio e o inverno que invadiam

ou o soluçar da minha pena

e o calar-calor da tua poesia...

não adiantava perguntar

por que tantas pedras ,espinhos no meio do meu caminho

ou onde estava o leito do rio para descansar...

só Drummond poderia isto explicar...

era preciso continuar

sem nunca parar

o longe já estava tão perto

o chão tão cheio de matizes e contrastes...

o banco e o jardim ...

22/06/06

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 22/06/2006
Código do texto: T180264