O tempo em muralhas...
A vida muda em segundos... Impossível controlar.
Ontem, as águas caiam em cores sublimes... Hoje, são aprendizes de vitrais...
O início de um fim... O círculo perfeito... Quem entenderia, afinal?!
Hoje, as portas se fecham... Abriram-se novos caminhos... O peito precisa aceitar... Não há como desfalecer para sempre... Somos iguais.
Encontrar o mimo recolhimento... Ser aquilo que deve ser...
O correto caminho dos dias que construímos...
Sigo com os olhos petrificados... Olhando o cerco, sem espanto... Apenas acreditando que os dias serão perfeitos... Que o recomeço pode ser as gotas de uma face seleta.
O sol, amanhã, será diferente... Terá o brilho que decido... Não ofuscará as minhas vistas... Será ameno...
E que os dias passem depressa... Que a vida seja repleta...
Pois, os pés sabem o que fazer...
Sinto frio, depois passa...
Basta fechar os olhos e deixar que o destino seja marcado pela verdade.
Pela responsabilidade com a vida alheia... Com as pedras que lancei no rio...
O peito precisa aceitar que o risco já está definido... O texto já estava escrito... E o dia de amanhã precisa acontecer.
O sonho encantado para sempre guardado... A imagem de um pássaro voando... Uma asa delta.
Assim, somos!... Um dia, vou entender tudo isso... Mas, agora, preciso retomar os caminhos escolhidos... Perder-me para encontrar-me... Ser a cigana-dança dos meus próprios calcanhares.
Um dia, vais perceber que entregaste o que sempre foi teu.
E o tempo segue em muralhas de areia fina... Um sopro... Passo!
22:50