A câmara secreta...
A noite passou depressa... Assustada.
Enlouquecer... É isso!... A fala do Poeta.
Sempre distante dos significantes... Sempre atento para as mudanças do tom... Da cor... Das vírgulas de uma respiração.
Assim, conduzo os dedos, rumo ao teclado...
Teus recados... Tuas palavras ditas... Nossos dias.
Ainda não resolvi... Se há outra forma de condicionar o dito.
Em câmara secreta... Em câmera focada... Ou em mãos finas em concha... Tudo uma colcha de retalhos.
Enfim, respiro aliviada... São apenas dias... Um dia, eles acabam... Fato!
Domestico os atos... Cuspo coisas que eu não sei... Enrolo-me nas natas seletas de risos soltos...
E o aflito peito brinca comigo... Deixa-me de castigo... Ainda pensa que pode prender-me pelos calcanhares... Ilusão boba. Apenas um faria.
Deixo as páginas em branco... Viro tronco retorcido... Copo a imensidão da lua... Tão minha... Tão tua.
As curvas enroladas em véus... O movimento carretel... E a dança alivia a face enrijecida... Sou tão pouco... Viro-me do avesso...
A fonte deliciasse com meu giro... As mãos a deslizarem no colo iluminado pelo suor... E os nós.
Ainda não resolvi... Se há outra forma de condicionar o dito...
09:25