Sentir...

Como dizer-te do que a vida emana...

Contar-te fatos que a mim pertencem...

Olhar as tramas e perceber que o dito tem de ser controlado... Algures, atos.

Pode-se colher todos os dias um sorriso... Fazer disso o mais divino compromisso...

Entranhas... Percebidas e acalentadas por palavras limitadas...

Como dizer-te de fato o risco... Como cortar as fagulhas do infinito...

Deixar o corpo em espera... Ser a tua esfera... Ser teu exercício.

Olhar os contornos... Ter de acreditar que é o desejável... Um céu escarlate... O azular dos dedos...

A morte antecipada... Decidida... Recolhida em conchas...

E manter os olhos de criança.

Como ser teu hemisfério cerebral em colo confortado...

Precisaria o dia nascer de novo... E revidado tempo... Amassar o espaço, nas mãos...

E, ainda assim, seria pouco... Faltaria o dizer em fruto permanente... O calcário de dias após dias... A dimensão de tudo isso.

Um breve recorte do dia... O bravo dia recortado... O bravejar do peito, com as palavras que guardo...

As mãos a desamarrar laços... Escolhas que permeiam a minha face... Saber que é para ser...

O escolher... Ter nas mãos o coração direcionado. Já sei de cada passo...

E... Respirar lentamente... Oferecendo-te o compreender...

Crescemos juntos, todos os dias... Apenas para comportar esse Amor. Hiato!

12:20