Morte

Barulhos rompem a imensidão

Um grito rompendo o céu de veludo negro

Soluços e lágrimas sendo apagados

Impiedosa a morte se aproxima

Tão silenciosa quanto as batidas,

Que emudecem naquele coração que morre.

A morte não me assombra,

Ela parece um refúgio

Que me livraria deste pesadelo

Desta coisa insana chamada vida,

Deste vagar solitário numa rua sombria.

Hoje, tudo o que eu queria

Era fechar os olhos

E nunca mais voltar a abri-los.

Nada mais importaria.

Eu já não agüento mais

Viver essa confusão me dá medo,

Me dá tanto medo.

Porque não posso simplesmente descansar de tudo?

Porque não posso morrer e ser esquecida?

A vida não é boa e não sei se a morte é melhor

Não vou acabar com isso

Mas daria tudo pra que isso tivesse logo um fim.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 23/08/2009
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