Vida Bandida I
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve-se! Salve-se!
Vida bandida
Como é pioneira
Desde Cabral
Corrupções já existam diante do litoral
Tráficos chegavam pelo horizonte
Eram negros que vieram pelo além mar
Jesuítas que desembarcavam
Rezavam sempre pelo bem estar
Faziam o possível para catequizar
País aventureiro
Descoberto por um pioneiro
A qual foi acolhido pelos guerreiros
Inocentes e sem religião
Eram apenas índios sem uma nação
Vida que seguiu
Pelos ares do Brasil
País imenso, terra bendita
Que se beira o mar
Onde canta o sabiá
Terra batizada pelos orixás da Bahia
Do frevo em Olinda
Bonito mesmo
É o por do sol no Guaíba
São as passistas desfilando na avenida
Parte vira ilusão
Diante de tanta decepção
A fome espalhada por toda a nação
País de desigualdades
Governantes sem piedade
Sempre contra um povo heróico
O brado retubante...
Se não bastasse
Um operário no poder
Que já andou no pau de arará em busca do que comer
Quer salvar a nação
Sem ao menos ter uma direção
Para piorar, o senado sequer toma uma decisão
Ouviram do ipiranga as margens plácidas
O grito de liberdade
Ao som do mar e à luz do céu profundo
Séculos de luta, da justiça a clava forte
O tom sarcastico, de quem sempre erra
Dentro de uma formosa brasília amarela, risonha e límpida
Neste campo, não há mais flores..
.....Continua