Vento!
Vento! Vento! Vento!...
Assim o dia está... Em revoada de folhas... Em corpos-alvéolos de um respirar...
Os pés mal alcançam o chão... Que rodem os piões... Os biloquês de uma única direção.
Em dança-cigana, lambuzo-me nas tuas palmas... As vestes de um acordar bem lento... De um espreguiçar em teu peito...
Assim, o dia floresce... Em vento solto pelo céu de uma boca sedenta... Entre as cachoeiras... Entre as montanhas que reluzem o fio de prata.
Vento! Vento! Vento! Por que tão aflito?...
Ainda podes varrer o infinito...
O circular de heras... Das folhas soltas no chão...
As demais falhas convexas... O meu corpo em tua direção...
Ah! Vento!... Gosto de banhar-me no teu ritmo...
Um dia ensolarado... Com vento forte... Com tinta colorida em minhas mãos...
Hoje, o dia foi primeiro... Depois, vou eu...
13:30