Mordida na Lua...
As mordidas na lua?... Eu, com dentadas famintas, mordi a lua... Minguei-a nesse céu de inverno...
E quem disse que isso não é possível?...
Saí pelas frestas de um dia ensolarado e vesti-me de relva para mergulhar nas águas claras...
Deitei-me nas pedras úmidas... Num deslizar de corpos... Foi assim. Apenas um contato...
O atrito da pele clara... Encantou a estrela diária... E a luz expandiu-se pelas lacunas de heras... Passeou pelas matas e correu de encontro ao infinito.
Um dia bonito...
Agora, olhei tanto o satélite primário que arrisquei mordê-lo em goles...
A lua minguante tão desmerecida... Ganhou um beijo molhado...
Um sorriso... Gato de Alice... Um ronronar. enquanto estávamos por entre as árvores.
18:23