Lições
Não me ensinaram na escola a proporção da vida.
Em literatura, lembro que a professora citou PESSOA :
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."
Hoje, não sou poeta, e também não finjo. Ou quem sabe, sou poeta
e deveras sinto a dor que finjo!
Complexo demais para o meu pobre coração embargado e entristecido!!
Mas eu sinto!! A dor que mata! E corrói a alma.
Sentimento angustiante, repugnante.
Cheio de incertezas!
Que me coloca em mares de dúvidas e me traz à mercê
de um esquecimento passado que se tornou presente, no
presente e no futuro!!!!
E eu reviro os livros. Procuro na matematica, na física, na química
e não encontro as respostas de como deixar que as dores deixem de
ser o que me faz escrever e literalmente sentir!