ME SINTO CONFUSA

Minhas lágrimas não cessam, assim como minhas súplicas.

Eu fujo, me refugio e mesmo assim não me escondo de mim

mesma.

A dor dilacera frágil coração, pensamentos teimosos me levam

de volta as lembranças.

Não querer, não desejar, mas estar desesperadamente agarrada

a saudade.

Sentir o vazio amargo da solidão, conviver com a espera intermi-

nável e persistir nas ilusões.

Suas falsas promessas me enlouquecem, alimentam sentimentos

que não florescem.

Perdida, desorientada, perambulando por destino incerto é certo

que definho lentamente.

Esperando o brilho de um olhar ausente, mãos que me acalente

me torno cada vez mais carente.

Me embriago em falsos afetos, me engano, me machuco e vou

caminhando ferida deixando marcas de sangue pela estrada.

Apenas passando sem existir, vivendo sem vida, um ser atormen-

tado e aprecionado as emoções que ceifam sonhos.

_Morgana Glaciotto_

MORGANA GLACIOTTO
Enviado por MORGANA GLACIOTTO em 09/05/2009
Reeditado em 09/05/2009
Código do texto: T1584658
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