ME SINTO CONFUSA
Minhas lágrimas não cessam, assim como minhas súplicas.
Eu fujo, me refugio e mesmo assim não me escondo de mim
mesma.
A dor dilacera frágil coração, pensamentos teimosos me levam
de volta as lembranças.
Não querer, não desejar, mas estar desesperadamente agarrada
a saudade.
Sentir o vazio amargo da solidão, conviver com a espera intermi-
nável e persistir nas ilusões.
Suas falsas promessas me enlouquecem, alimentam sentimentos
que não florescem.
Perdida, desorientada, perambulando por destino incerto é certo
que definho lentamente.
Esperando o brilho de um olhar ausente, mãos que me acalente
me torno cada vez mais carente.
Me embriago em falsos afetos, me engano, me machuco e vou
caminhando ferida deixando marcas de sangue pela estrada.
Apenas passando sem existir, vivendo sem vida, um ser atormen-
tado e aprecionado as emoções que ceifam sonhos.
_Morgana Glaciotto_