Eu sempre te amei.!!!
Ah se eu pudesse hoje estaria em teus braços distantes,
naquele longe que nem existe, mas que ouso existir,
porque tua carta chegou hoje timbrada da Suíça francesa,
e percebo que fazia tanto tempo sem te ler sequer uma linha,
que a tua letra mudou e se inclinou na passagem veloz dos anos,
como prova de que nesta vida nem mesmo a letra é permanente...
Sim...nada realmente foi permanente entre nós, porque
como almas muito parecidas, conhecíamos nossos caminhos,
que nas vontades cada um buscava seu próprio destino,
como se esse fosse inevitável para manter acesa a chama
que nos uniria como amantes dos dias e das noites quentes
naquela casa de adobes onde nosso amor se compunha,
como estes versos que agora saem das minhas recordações
ao ler diante de mim o rol de mágoas que se desfaz como um rio
de lágrimas,porque na tradição de tuas palavras sempre tristes,
ainda se junta a tua dor de uma operação que nunca deu certo
e que te faz sentar permanentemente na tua cadeira de rodas
que apenas vez por outra é esquecida num canto quando,
apenas em curtos espaços de tempo, você pode firmar-se de pé
sem a perseguição daquelas dores que conheci há anos,
e que te faziam gritar de dor..e de raiva ao mesmo tempo,
porque para ti era impossível admitir essa imperfeição física que mostrava teus pés deformados de inúmeras operações,
uma das quais você bem se lembra porque comigo vivia,
dividindo a tua vida de agonias sem fim...e nos meus braços encontrando apoio quando te carregava de um lado a outro como se levasse em mim mesmo o peso da tua desgraça,
da qual nunca tiveste culpa porque foi tua herança genética e contra isso nada se podia fazer ...nem os melhores doutores,
e nem toda a medicina proposta na cura de teus doloridos pés...
Agora teu casamento também terminou, diz a carta triste... Tudo porque um homem nao vive sem os pés de uma mulher.
Sem aqueles pés que o levem a correr pelas ruas de Genebra.
Aqui... inconsolado....e triste....a carta é para mim também
aquela dor que vem de longe...porém de um longe que existe
neste papel reciclado rosado cheio de florzinhas onde leio :
Pega um avião e vem...Vem cuidar de mim....Você sabe...
Eu sempre te amei !!!
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
Cássio Seagull 14-10-08 22.50 h SP
Primeiro da Lua cheia sol 31 graus
Beijos e abraços....Boa quarta-feira...
cseagull2@hotmail.com
CSEAGULL2@HOTMAIL.COM
Ah se eu pudesse hoje estaria em teus braços distantes,
naquele longe que nem existe, mas que ouso existir,
porque tua carta chegou hoje timbrada da Suíça francesa,
e percebo que fazia tanto tempo sem te ler sequer uma linha,
que a tua letra mudou e se inclinou na passagem veloz dos anos,
como prova de que nesta vida nem mesmo a letra é permanente...
Sim...nada realmente foi permanente entre nós, porque
como almas muito parecidas, conhecíamos nossos caminhos,
que nas vontades cada um buscava seu próprio destino,
como se esse fosse inevitável para manter acesa a chama
que nos uniria como amantes dos dias e das noites quentes
naquela casa de adobes onde nosso amor se compunha,
como estes versos que agora saem das minhas recordações
ao ler diante de mim o rol de mágoas que se desfaz como um rio
de lágrimas,porque na tradição de tuas palavras sempre tristes,
ainda se junta a tua dor de uma operação que nunca deu certo
e que te faz sentar permanentemente na tua cadeira de rodas
que apenas vez por outra é esquecida num canto quando,
apenas em curtos espaços de tempo, você pode firmar-se de pé
sem a perseguição daquelas dores que conheci há anos,
e que te faziam gritar de dor..e de raiva ao mesmo tempo,
porque para ti era impossível admitir essa imperfeição física que mostrava teus pés deformados de inúmeras operações,
uma das quais você bem se lembra porque comigo vivia,
dividindo a tua vida de agonias sem fim...e nos meus braços encontrando apoio quando te carregava de um lado a outro como se levasse em mim mesmo o peso da tua desgraça,
da qual nunca tiveste culpa porque foi tua herança genética e contra isso nada se podia fazer ...nem os melhores doutores,
e nem toda a medicina proposta na cura de teus doloridos pés...
Agora teu casamento também terminou, diz a carta triste... Tudo porque um homem nao vive sem os pés de uma mulher.
Sem aqueles pés que o levem a correr pelas ruas de Genebra.
Aqui... inconsolado....e triste....a carta é para mim também
aquela dor que vem de longe...porém de um longe que existe
neste papel reciclado rosado cheio de florzinhas onde leio :
Pega um avião e vem...Vem cuidar de mim....Você sabe...
Eu sempre te amei !!!
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
Cássio Seagull 14-10-08 22.50 h SP
Primeiro da Lua cheia sol 31 graus
Beijos e abraços....Boa quarta-feira...
cseagull2@hotmail.com
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