Cidade Grande

Sufocada, atropelos, pressa... Filas imensas a se enfrentar para tomar posse de um lugar (em pé) dentro do ônibus.
Tudo acontece ao mesmo tempo.
As pessoas mal se olham mesmo espremidas dentro de um ônibus/metrô. Até se olha, mas não se veem...
Temos a impressão de estarmos sendo amassados, amarrotados, enlatados.
Não é só metaforicamente.
Afinal o ônibus é de “lata”.
Há uma mistura de cheiro no ar “bom” e “ruim”... Perfume, suor, diesel...
E até os de gases soltos fora da hora... É um aperto "infernal" que a poluição é de todos os tipos.
Tudo fica tão distante...
Distante em todos os sentidos...
A vizinha fica doente e mora ao lado, mas, não se percebe....
Não se tem tempo para nada...
Muito menos para um “Bom Dia”.... Que ironia!. Bom Dia? Ou “Diabom” ?
A vida na cidade grande é ambigüidade...
Violência crescendo a cada instante, drogas sendo oferecidas “quase dentro de casa” rsrsrs (não é piada)...
Mal tratos, falta de respeito...desumanidade.
Grandes engarrafamentos, muita fumaça, tumulto.
Cidade grande é sinônimo de inquietação.
Jornalistas na rua em entrevista mostram a pressa do “povo” que tem hora marcada pra tudo, tudo cronometrado...
Até mesmo a morte.

É um tipo de escravidão...


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