Cigarros
Cigarros na mesa, na
carteira. Em meus lábios,
ardentes e ardente. Devagar
ele queima, repararam? Pois
aqui deitado, não vejo nada,
algo banal. Apenas por hoje,
o de ontem não conta.
O de ontem não conta,
o de ontem não conta,
mas a vida insiste
em trazer de volta esta
fumaça. Que me rodeia
cíclica. Que me traz
à realidade, cruel, servindo
apenas para me manter
afastado de vícios piores.
Entre baforadas colossais,
sorrisos irônicos e
comentários maldosos
consigo até prosperar.
Logicamente, este é um
conceito muito relativo.
São Caetano do Sul, 20 de abril de 2009.