Marés...no sobe e desce...
Hoje são todos os rostos teus que agora sinto
naquelas tuas palavras poéticas escritas ontem,
e que se insinuaram em mim como mensagens,
de que a vida pode ser cambiante como marés,
que ora deslizam céleres como mar de abrolhos,
e outras tão lentas como um descaso de pôr de sol.
As noites mágicas, que eram presentes da noite,
agora escondem suas faces nas asas de um cisne,
que desliza suavemente sobre tuas tristes mágoas,
porque se eram uma ...agora são cordéis inteiros,
que se vão se desfiando, desmanchando em contas,
como se o coração não suportasse mais uma oração,
esgotado pelas incertezas de um porvir do nada vir,
porque se da alma nada mais é possível servir-se,
o corpo resta abandonado, inerte à sua própria sorte,
totalmente indiferente aos reclamos das vontades,
e daquelas paixões que se debruçam sobre ele,
corpo esse confiscado de um amor antes sedento.
Teus olhos pousam nos meus...e agora são belas aves,
como aqueles cisnes negros que povoam os átrios
de um coração que agora segue sem pensar caminhos,
porque todos são caminhos que me levam a ti, mulher
que me desatina...e que em mim provoca tua paixão...
essa tua volúpia inquebrantável de cobrir meu corpo,
com toda aquela realidade mesclada de ais e uis...
numa voracidade nossa conhecida desde o vem...vem,
até o vai...vai...num combinado sôfrego de mais, mais.
Nossa !!! E tudo isso...todos esses momentos lindos
agora parecem marés indecisas, num nem sobe nem desce.
E tudo parece refletir apenas amplas mágoas ... repletas
de reticentes queixumes...que as marés vão lavando...
lavando e levando...lavando e voltando ...lavando e levando...
Onde será que vão parar não? Você sabe meu amor ?
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Poesia feita por mim.Cássio Seagull. em 25-03-09 – 20 h.
Lua minguante – sol fraco nuvens – 25 graus – SP capital.
Beijos e abraços para você ... Boa quinta ...
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