===== A ILUSÃO PERDIDA =====
Mal escurecia vivia terrível drama, não mais a encontrava,
Sempre a mesma desculpa, papai não tardará a chegar, não
É bom que ele nos veja, você ficara marcado, se ocultava.
Um beijo de despedida, impossível, pelo risco, vivia em aflição.
A linda filha de espanhol trazia em si austeridade sem par,
Transmitida pelos pais, obedecida plenamente. O que crescia:
A ânsia de lhe abraçar e beija-la, sentir calor do corpo e amar.
Sedutora tez, macia, aveludada, afagava e não lhe constrangia.
As declarações trocadas, quase imperceptíveis, em sonora voz,
Ditava notas musicais como o canto da cotovia, fazia sentir à
Beleza do som, alegrava ouvi-la; o lábio incitava, desejo atroz,
Cresciam as alegrias de juntos estarmos, ali ou sentados no sofá.
Seu nome era estranho, não sonorizava com o vozear, raiz ibérica,
Evitava pronuncia-lo, Manuelita, preferia chamar-lhe de Meu Bem.
Dois devaneios se realizavam, quando a levava para estudar música
E uma vez por semana assistir o filme em cartaz, atraente vaivém.
Rápidos abraços confortáveis, sobejos e furtivos beijos veneravam,
Lépidos saia para saborear um lanche, momento que lhe acariciava
As mãos, finas, suaves como seda,amores alinhavava e desprendiam.
A noite estava a chegar, voltaríam amando como nunca, se alinhava.
As notícias não eram boas, a mamã aguardou no portão para dar.
Chegaria o primo com os pais, vindos da Espanha, especialmente
Para pedir à mão de Manuelita em casamento, sem nunca lhe amar,
Numa programação prevista o pai esquematizara um amor latente.
A mamãe se rebela, a filha não aceita a imposição,desnorteia o jovem
Que aguardava o momento certo de proclamar idêntico pedido.
Havia maior profundidade no compromisso; era a semana de nuvem.
Casado, todos retornariam ao país hispânico, mesmo que atingido.
Os dois namorados se reúnem com a mamã e decidem dali se evadir,
Ela se mostrava vacilante,conhecia bem o pai, o perseguiria até o fim
Da vida. Sacrificaria o amor,não mais sentiria viver,estaria a desiludir.
Esperança ele manteve até últimos instantes,acreditava no amor sim!
A angustiosa situação,coroe seu peito. Vai a igreja se oculta num pilar,
Manoelita última a entrar, lhe vê, nenhum gesto faz, pouco a se consumar,
Impito não lhe falta de correr até ao altar, controla-se, alucina a acovardar.
Sente que A ILUSÃO FOI PERDIDA, nunca a encontrará, só ficará o amar.
SMELLO
13/3/2009
Mal escurecia vivia terrível drama, não mais a encontrava,
Sempre a mesma desculpa, papai não tardará a chegar, não
É bom que ele nos veja, você ficara marcado, se ocultava.
Um beijo de despedida, impossível, pelo risco, vivia em aflição.
A linda filha de espanhol trazia em si austeridade sem par,
Transmitida pelos pais, obedecida plenamente. O que crescia:
A ânsia de lhe abraçar e beija-la, sentir calor do corpo e amar.
Sedutora tez, macia, aveludada, afagava e não lhe constrangia.
As declarações trocadas, quase imperceptíveis, em sonora voz,
Ditava notas musicais como o canto da cotovia, fazia sentir à
Beleza do som, alegrava ouvi-la; o lábio incitava, desejo atroz,
Cresciam as alegrias de juntos estarmos, ali ou sentados no sofá.
Seu nome era estranho, não sonorizava com o vozear, raiz ibérica,
Evitava pronuncia-lo, Manuelita, preferia chamar-lhe de Meu Bem.
Dois devaneios se realizavam, quando a levava para estudar música
E uma vez por semana assistir o filme em cartaz, atraente vaivém.
Rápidos abraços confortáveis, sobejos e furtivos beijos veneravam,
Lépidos saia para saborear um lanche, momento que lhe acariciava
As mãos, finas, suaves como seda,amores alinhavava e desprendiam.
A noite estava a chegar, voltaríam amando como nunca, se alinhava.
As notícias não eram boas, a mamã aguardou no portão para dar.
Chegaria o primo com os pais, vindos da Espanha, especialmente
Para pedir à mão de Manuelita em casamento, sem nunca lhe amar,
Numa programação prevista o pai esquematizara um amor latente.
A mamãe se rebela, a filha não aceita a imposição,desnorteia o jovem
Que aguardava o momento certo de proclamar idêntico pedido.
Havia maior profundidade no compromisso; era a semana de nuvem.
Casado, todos retornariam ao país hispânico, mesmo que atingido.
Os dois namorados se reúnem com a mamã e decidem dali se evadir,
Ela se mostrava vacilante,conhecia bem o pai, o perseguiria até o fim
Da vida. Sacrificaria o amor,não mais sentiria viver,estaria a desiludir.
Esperança ele manteve até últimos instantes,acreditava no amor sim!
A angustiosa situação,coroe seu peito. Vai a igreja se oculta num pilar,
Manoelita última a entrar, lhe vê, nenhum gesto faz, pouco a se consumar,
Impito não lhe falta de correr até ao altar, controla-se, alucina a acovardar.
Sente que A ILUSÃO FOI PERDIDA, nunca a encontrará, só ficará o amar.
SMELLO
13/3/2009