VAGÃO LITERÁRIO
Vagam em meus versos, velhos vagões,
da antiga Estação chamada Central,
badalos de sino, e uma voz chamando,
Embarquem depressa! O trem vai partir...
Foi de encantamento e de pura emoção,
viajar neste trem, em tão belo vagão.
Viajei...viajei por ferrovias encantadas,
Entre estrelas...brilhantes do infinito,
Passamos por montanhas, pradarias e bosques,
Atravessamos o Arco-Iris com trilhos coloridos,
Paramos numa estação, parecia de esquí,
Era tudo muito branco, beleza sem igual,
Anjos tocando harpas em nossa homenagem,
Aumentou a emoção, quando olhando pela janela
Num banco da praça sentados, lado a lado,
Érico Veríssimo e Mario Quintana conversavam,
Que viagem inesquecível eu realizei!
Alguns iram duvidar, outros que sou utópico!
Dirão que sou desvairado, fora da razão...
Sê, assim, pensarem! paciência, não sou o único!
Há tantos, que como eu viajaram neste trem,
Nesta viagem infinda! Todos que estavam comigo,
Conheceram tudo isto, ou quem sabe muito mais!
Em nosso trem imaginário, só viajam os poetas.
"Homenagem a Casa do Poeta Brasileiro Cassino/Rio Grande-RS, que funciona em um vagão, na antiga estação ferroviária de Rio Grande". Wilson Fonseca