Fugindo das trevas
No fundo de uma caverna
Seres aprisionados
Sem ter como olhar para os lados
Assistem ao tempo passar
Admirando as figuras que à luz se faz revelar
Barulhos vindos de fora, vibram na escuridão
E a distorção da razão, Transforma a realidade
Mentira vira verdade
Pra quem não conhece o real
O mundo é como tal qual
Formou-se no imaginário
O ser se prenda ao cenário
Longe do amanhecer
Mas eis que um ser mais ativo
Liberta-se do ostracismo
Arrebentando as correntes
Enfrenta a luz reluzente
Cegando-se na claridade
Deslumbra-se com a novidade
Tocando em tudo que vê
Partindo para o futuro
Busca se conhecer
Viver em prol do prazer
Nas asas da liberdade
Usando a capacidade
Que tem do realizar
O ser então se faz mar, nas águas de um oceano
Se alimentando das ondas, num justo traçado sem plano
Tocando e seguindo em frente, até o fim da partida
Depois de encontrar a saida
Ha Deus pretende voltar.