Meu coração...

Ouvi tanto as tuas batidas... Tu corres feito potro arredio.
Um tambor, que conduz a circulação dos meus sonhos...
Um gigante... Passarinho.
Canta nas madrugadas... Revolve-me, nas noites frias...
Acalenta-me... Nas noites de chuva fina...
Uma criança que gosta de brincar de esconder-se...
Um vagalume, que acende a luz do meu viver...
Meu encanto premiado... Deixo que ele viva eternamente apaixonado! ... Corre solto no asfalto em duas rodas... Leva sustos, nas pedras da cachoeira... Movimenta-se nas ondas de um mar em reboliço... Quero as pedras que tanto desejas...
Move-se rápido, pelas ruas desta cidade de pedra... Não aguenta ver tantas desigualdades...
Ontem mesmo, foi passear pelos ares... Queria ver-me em outro formato... Compactado!...
Pobre coitado!... Não deixo que ele descanse... São tantos livros... Tantas lembranças... Adoro as minhas crianças...
Dos jardins... Ele deve cuidar... Das folhas de outono, deixo que se emocione...
Quero tanto amar a tudo... Ele não encontra tempo para bater no meu ritmo acelerado...
Muito lento, para o meu gosto...Pobre coitado!...
Agora, uma decisão: cuidar da fonte que me guia...
Amar aos poucos, devagarzinho, com explosão... Beijos menos afoitos e só trezentos por vez... Sonhar em goles de três litros... Livros, apenas cinco por dia...
Pobre coitado! Vai morrer de taquicardia...


rsrsrs

15:43