Mudas...
Nas noites em que o céu está estrelado... Encontro sonhos... Encontro-me.
Hoje, chove muito... Mal posso ver o azul que deveria ter...
O verde das encostas está gostando das gotas soltas em disparada...
Da janela, posso ver a mudinhas preparando-se para fugir do nicho que as contém...
São tantas que tenho aqui... Sei bem o que elas estão pensando...
Não sabem esconder a felicidade que sentem ao verem o céu derreter em som...
Nas mãos, que elevo ao rosto... Levo cada choro recolhido... Confundo-me com a vidraça em pingos...
Não há cena mais encantadora, do que a corridas de gotas...
Envolvo-me aos joelhos... Numa tentativa de voltar ao início... O feto... Afeto... Explicação é o que não falta para tudo, não é mesmo?...
Cada um diz a que veio, nesta floresta chamada vida...
Cada um diz o que acha... E racha a cara, quando pensa certezas...
Quando pequena, retirava a massa de vidro que envolvia o reto ângulo que me protegia...
O arrombar os passos... Para ser mudinha, também...
O mundo está rodando... Fico tonta... O peito aperta... Ele não faria isso comigo, novamente... ou faria?... Melhor é respirar... Voltar às gotas da janela... Lá, é seguro!
As mudinhas perdidas dançam... Já não se importam comigo... Os vidros estão vazios, diante da felicidade constante...
Elas pulam... O verde é imenso... Intenso...
Os gigantes dormem, em sentinela... E eu?... A olhar a doce vida pela janela...
22:06
Nas noites em que o céu está estrelado... Encontro sonhos... Encontro-me.
Hoje, chove muito... Mal posso ver o azul que deveria ter...
O verde das encostas está gostando das gotas soltas em disparada...
Da janela, posso ver a mudinhas preparando-se para fugir do nicho que as contém...
São tantas que tenho aqui... Sei bem o que elas estão pensando...
Não sabem esconder a felicidade que sentem ao verem o céu derreter em som...
Nas mãos, que elevo ao rosto... Levo cada choro recolhido... Confundo-me com a vidraça em pingos...
Não há cena mais encantadora, do que a corridas de gotas...
Envolvo-me aos joelhos... Numa tentativa de voltar ao início... O feto... Afeto... Explicação é o que não falta para tudo, não é mesmo?...
Cada um diz a que veio, nesta floresta chamada vida...
Cada um diz o que acha... E racha a cara, quando pensa certezas...
Quando pequena, retirava a massa de vidro que envolvia o reto ângulo que me protegia...
O arrombar os passos... Para ser mudinha, também...
O mundo está rodando... Fico tonta... O peito aperta... Ele não faria isso comigo, novamente... ou faria?... Melhor é respirar... Voltar às gotas da janela... Lá, é seguro!
As mudinhas perdidas dançam... Já não se importam comigo... Os vidros estão vazios, diante da felicidade constante...
Elas pulam... O verde é imenso... Intenso...
Os gigantes dormem, em sentinela... E eu?... A olhar a doce vida pela janela...
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