A escolha...
Quão abnegadas almas que aos nossos olhos
A piedade desperta,
Nas soltas pastilhas de calçadas
Desertas...
Senhor ! Poetas irmanados hão de chorar
Os meninos vadios e fugidios das lágrimas
Aqui no meu grito. Desertores da sorte,
Ou serão escolhidos...”MENINOS DE RUA”.
Peregrinos remidos da sina descrita os meninos perdidos, ou serão achados?
Onde estão nossos braços nos afagos que lhes faltam, meninos banidos de seus lares corrompidos que escolhem as praças? E nós onde estamos
No medo que nos assola de estender a mão no amor, o pão da esmola! Sim meus irmãos somos nós o solo fértil dessa proliferação, quão egoístas ! Falamos em igualdade só no discursar o aloucado, na piedade não evoluímos no espírito! Tragamos para nós a compaixão. “Quem tem olhos que o veja” eles têm uma missão! Despertar os ignóbeis, que trazem na face os olhos e não tem visão! “Nem só de pão viverá o homem!” Meninos de Rua de almas quiçá mais nobres que a minha! Doemos amor em demasia quem sabe um dia depare-nos com as calçadas vazias, em noites geladas das desarmonias ,nos papelões encartados de nossa covardia! Doar o que não te serve, não é fazer caridade é demagogia! Desejar um bom dia é Solidariedade! Dorme o meu filho agasalhado e alimentado pelo amor que me oferta no dia. Dê AMOR aos “MENINOS DE RUA” desprovidos e grifados, banidos da hipócrita sociedade. Uma prece, um olhar carinhoso agradecendo ao criador a oportunidade, de aprendermos com esses ditos meninos de rua. Eles muito têm a nos ensinar, isso é igualdade, inspirando no amor ao próximo. Não trás a felicidade um aquecer de corpos nas cobertas rotas, que não te serve no armário... É não esperar as autoridades, eles não vêem o que vemos , pois seus carros teen vidro fume e são blindados ,e os seus meninos, não conhecem a fome física, e a friagem do abando, vivem em seus lares aquecidos e protegidos por grades. Não vamos culpá-los vamos amá-los até mais ver...
Com este comemoro a PÁSCOA no meu ser, convido a você a perceber!
“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
16/4/2006