De promessas e de sonhos
entraste. contigo um pajem simulava alguns afazeres.
logo tu o dispensaste, e ele ficou por ali sonâmbulo
o olhar vazio...
vieste, e do meu rosto roubaste um beijo
eu corei
e te afastei sorrindo
e com os olhos te indiquei o pajem
que na cozinha cumpria alguma tarefa misteriosa
só pra não te deixar sozinho
ele não te vê, disseste
vem cá, vamos conversar
então eu te disse, se eu soubesse que tu vinhas tinha arrumado a casa
então riste bem muito
como a dizer quem se importa com a cozinha
e a bagunça da sala de estar
eu quis te mostrar os meus deuses
mas quando olhei não estavam lá
se esconderam em algum canto
então te disse
oh meu senhor, por favor diga a meus senhores que voltem
e tu disseste me puxando pelo braço
daquele jeito só teu
vê, eles estão aqui... sossega
então em um canto embaixo do meu altar
e sob a proteção dos deuses
com o mais importante deles
sorrindo o mais belo sorriso
tu me puxaste e me beijaste
o nosso primeiro beijo...
eu senti o teu calor
a fusão de nossas almas
o teu gosto, as tuas mãos
e então...
acordei.