ESTRUME PERFUMADO
ESTRUME PERFUMADO
O menino acordou com o canto do galo e dos pássaros que dormiram nos galhos de uma jabuticabeira próxima a sua janela. Através desta, os raios do sol projetavam sobre seu corpo. A casa era de pau a pique sem barriar.
Do curral vinha um cheiro de estrume de gado que chegava as suas narinas. Estava sonhando com o paraíso, acordou e pulou da cama. Tinha que abrir a porteira do pequeno curral para seu pai passar com as vacas e os bezerros, pois era hora de tirar o leite.
Abriu a cancela no momento que aproximavam, todas com os peitos abarrotados. Berraram a noite toda, mas ele já estava acostumado com isto. Amarrar o bezerro na perna da vaca e começar a ordenha era o serviço daquele momento. Sua mãe veio com um grande caneco com o fundo forrado com rapadura raspada. Beber aquele leite quentinho e adocicado era um verdadeiro prazer ao mesmo tempo que sentia o aroma do curral.