EQUILIBRIO E VIDA
Me perdi no tempo imaginando que sonhos
eram reais.
Criei fantasias, me alimentei de ilusões.
Não consegui distinguir ceús azuis de
dias cinzentos.
Acreditei em fábulas, vivi amores fantasiosos.
Quis a liberdade insensata do que a prisão das
regras.
Neguei palavras e as substitui por emoções.
Fui sentimento num mergulho silencioso pelo
mundo.
Não lamentei, vivi intensamente.
Doeu por uma noite eterna, mas o dia trouxe
calmaria.
Eu não mais quero estas emoções efêmeras,
esta felicidade ilusória.
Estou cansada, de mãos atadas com o olhar perdido.
Não sei mais o que pedir, como suplicar, explicar todos
os atos translocados.
Preciso da serenidade de um coração compreensivo.
De um ser pausìvel de afeto.
De um sentido que nem tudo é um vão de incertezas,
que o mundo ainda é um lugar seguro para se habitar.