Um beijo na boca
Ah! Se os olhos são janelas d’alma, com certeza seu portal reside na boca. Ali nascem os sorrisos que denunciam o desdém do que não se quer ou o desejo do que não se resiste. Não há algo mais evidente do que um mordiscar de lábios incontidos e molhados.
Isso pede – não; exige! – que se aproximem os hálitos sôfregos, que se respirem os anseios mútuos, que se suspirem as emoções caladas. Se a vida é realmente um sopro divino, isso mais se nota provindo do arfar do ser amado. E o amor, em seus melhores momentos, também é entrega, é deixar-se ser no outro. E, assim, os lábios se erram de si e se tocam noutros lábios. É o prenúncio de uma aventura erótica; porque nada é mais íntimo do que esquecer o asco e permitir fluídos onde mais somos vulneráveis.
As bocas se misturam sem freios nas salivas que têm um sabor único do gosto de vida sorvido pelo amado. E as línguas se acariciam num afago molhado de buscar segredos que a alma esconde. E as almas permutam seus corpos, já não são mais nos seus invólucros. É no outro que se instalam e sentem o calor e a vibração que ali conjugados - boca na boca - estimulam todo o resto a se amalgamar.
Nossas mentes são o divagar do outro; nossas mãos são a pele do outro; nossas pernas são o estremecer do outro; nossos desejos são o prazer do outro. Os seres se misturam de corpo e alma porque um beijo na boca faz a junção sem limites do que se entende por dois seres realmente apaixonados. Um beijo na boca diz tudo que as palavras que dali saem jamais poderão exprimir.
Um beijo realmente verdadeiro dá a exata dimensão do mistério que se oculta no dizer:“eu te amo!”
Ah! Se os olhos são janelas d’alma, com certeza seu portal reside na boca. Ali nascem os sorrisos que denunciam o desdém do que não se quer ou o desejo do que não se resiste. Não há algo mais evidente do que um mordiscar de lábios incontidos e molhados.
Isso pede – não; exige! – que se aproximem os hálitos sôfregos, que se respirem os anseios mútuos, que se suspirem as emoções caladas. Se a vida é realmente um sopro divino, isso mais se nota provindo do arfar do ser amado. E o amor, em seus melhores momentos, também é entrega, é deixar-se ser no outro. E, assim, os lábios se erram de si e se tocam noutros lábios. É o prenúncio de uma aventura erótica; porque nada é mais íntimo do que esquecer o asco e permitir fluídos onde mais somos vulneráveis.
As bocas se misturam sem freios nas salivas que têm um sabor único do gosto de vida sorvido pelo amado. E as línguas se acariciam num afago molhado de buscar segredos que a alma esconde. E as almas permutam seus corpos, já não são mais nos seus invólucros. É no outro que se instalam e sentem o calor e a vibração que ali conjugados - boca na boca - estimulam todo o resto a se amalgamar.
Nossas mentes são o divagar do outro; nossas mãos são a pele do outro; nossas pernas são o estremecer do outro; nossos desejos são o prazer do outro. Os seres se misturam de corpo e alma porque um beijo na boca faz a junção sem limites do que se entende por dois seres realmente apaixonados. Um beijo na boca diz tudo que as palavras que dali saem jamais poderão exprimir.
Um beijo realmente verdadeiro dá a exata dimensão do mistério que se oculta no dizer:“eu te amo!”