Algo ainda não é flor em mim...
Sou uma voz que nasceu sem som...
Uma voz ébria crescendo no útero de uma pedra maior.
Posso não ter a doçura do mel, nem a sabedoria do vinho...
Mas embriago docemente.
Ergo-me como uma torre de sombra resplandecente...
Incendiando os silêncios.
Os meus lábios dançam nas folhas das árvores...
E minhas palavras, ocultam as nascentes...
Sou correnteza contente! Displicente...
Algo ainda não é flor em mim
Não estou perdida, estou entre o vento e a brisa.
Não sei se sou capaz de amar...
... Se for, o faço em total abandono.
Não sou a destruição cega, nem a esperança impossível...
Sou alguém passível, que espera ser aberta por certas possibilidades!
Sou uma gota de sangue, num vazio de fronteira!
Sou a sensação delíciosa de liberdade!
A simples sensação de existir apenas para mim.
Sem medos, corro riscos...
E nos meus riscos, llibero a luz.
"Peciso te molhar na minha nudez e ser o azul na tua presença"!