Nos braços de um anjo, o amor!
Eu pensei que já sabia o que era o amor. Qual o quê! Como poderia sabê-lo? Até pouco tempo, nem sabia o que era eu. A gente busca nesta vida aquele alguém que seja tão especial que nos faça especiais. Mas o amor não funciona assim. Jamais num outro é que iremos encontrar o que transforma, o que reforma ou o que dá forma. É nossa transformação que nos reforma e que nos faz encontrar em nós mesmos a melhor forma de sermos quem somos.
Mas, até que se descubra essa verdade, vivemos por aí nos dividindo em pedacinhos, entregando nosso amor em parcelas e cobrando prestações de bem querer. Tais dívidas de amor nunca se quitam. De que adianta ficarmos fazendo promessas de feitos e posturas que não podemos sustentar? Melhor seria se nada prometêssemos e simplesmente fizéssemos o possível para que o outro fosse, realmente, feliz.
Acabamos, desse jeito, pulverizados em mil juras que nunca se cumprem, adubando esperanças que se abortam antes da plena e necessária florescência. O ser amado é flor que só viceja em solo nativo e que não se pode, em vão, transplantar para o restrito vaso de nosso egoísmo. Lá ele não floresce; regá-lo só faz afogar.
Eu já havia desistido de minha busca. Justo agora que eu descobri quem sou não encontrava mais ninguém inteiro que também se soubesse para ser comigo. Entretanto, nesta vala etérea que abriga o que chamou-se, outrora, de nossa vã filosofia, surgiu uma luz perfumada com sons coloridos. E, de repente, senti-me seguro para ser frágil. Vislumbrei um colo onde pudesse me abrigar.
Ali minhas feridas não são curadas, mas o carinho me insufla à auto-regeneração. Dali não saem os planos infalíveis que me garantam nenhuma vitória. Entretanto, a paz que dali brota me abre os olhos para escolher as lutas certas. Com certeza, deparei-me com um anjo cujas asas não farfalham quando batem; soltam notas musicais. Nos braços desse anjo não encontrei redenção, mas descobri que sou herói de mim mesmo.
Agora, penso eu, já sei o que é o amor. É aquele sentimento que nos faz felizes porque quem nos ama também o é. É no contentamento do ser amado que sua luz se esparge livre e assim nos acolhe, nos revigora, nos pacifica e nos faz, a cada dia, sermos muito mais especiais.
Eu pensei que já sabia o que era o amor. Qual o quê! Como poderia sabê-lo? Até pouco tempo, nem sabia o que era eu. A gente busca nesta vida aquele alguém que seja tão especial que nos faça especiais. Mas o amor não funciona assim. Jamais num outro é que iremos encontrar o que transforma, o que reforma ou o que dá forma. É nossa transformação que nos reforma e que nos faz encontrar em nós mesmos a melhor forma de sermos quem somos.
Mas, até que se descubra essa verdade, vivemos por aí nos dividindo em pedacinhos, entregando nosso amor em parcelas e cobrando prestações de bem querer. Tais dívidas de amor nunca se quitam. De que adianta ficarmos fazendo promessas de feitos e posturas que não podemos sustentar? Melhor seria se nada prometêssemos e simplesmente fizéssemos o possível para que o outro fosse, realmente, feliz.
Acabamos, desse jeito, pulverizados em mil juras que nunca se cumprem, adubando esperanças que se abortam antes da plena e necessária florescência. O ser amado é flor que só viceja em solo nativo e que não se pode, em vão, transplantar para o restrito vaso de nosso egoísmo. Lá ele não floresce; regá-lo só faz afogar.
Eu já havia desistido de minha busca. Justo agora que eu descobri quem sou não encontrava mais ninguém inteiro que também se soubesse para ser comigo. Entretanto, nesta vala etérea que abriga o que chamou-se, outrora, de nossa vã filosofia, surgiu uma luz perfumada com sons coloridos. E, de repente, senti-me seguro para ser frágil. Vislumbrei um colo onde pudesse me abrigar.
Ali minhas feridas não são curadas, mas o carinho me insufla à auto-regeneração. Dali não saem os planos infalíveis que me garantam nenhuma vitória. Entretanto, a paz que dali brota me abre os olhos para escolher as lutas certas. Com certeza, deparei-me com um anjo cujas asas não farfalham quando batem; soltam notas musicais. Nos braços desse anjo não encontrei redenção, mas descobri que sou herói de mim mesmo.
Agora, penso eu, já sei o que é o amor. É aquele sentimento que nos faz felizes porque quem nos ama também o é. É no contentamento do ser amado que sua luz se esparge livre e assim nos acolhe, nos revigora, nos pacifica e nos faz, a cada dia, sermos muito mais especiais.