retorno das chamas
Ah essa matemática que dirige as nossas vidas!
Numa lógica fria e demasiadamente calculista;
Não quero viver por entre a intricânsia dos objetos;
Isso exigiria familiaridade com coisas e pessoas;
Vivo num dilema entre o que penso que sei e o que realmente sei,
E entre o jogo de máscaras, o espetáculo do mundo, a ignorância simulada nos leva a viver com ideias que, se de fato vivêssemos, estremeceriam como um abalo sísmico toda nossa existência;
Diante desse dilema, compreendemos com precisão cirúrgica, o abismo sem fim que nos separa de nossas próprias convicções.
O mundo se fragmenta clarões nos instigam ao conhecimento, esvaziando a familiaridade que nos daria paz;
[Parece que o inverossímil e o absurdo, tal e qual como a hora do nosso nascimento ou a hora exata de nossa morte que os sistemas nos informam, da qual nunca desconfiamos, é capitulado na nossa crença porque o absurdo não é crível, por que não é crível descrer]
Enquanto isso minha pobre alma, ah minha alma! Tem obsessão pela clareza, e deseja a verdade;
Mas ela tem como certeza que a única narrativa significativa do pensamento humano é a que diz dos arrependimentos e das impossibilidades.
E que os mais significativos assuntos da história humana são a transitoriedade, resistência, destruição, esperança...
E entre a certeza que tenho da minha existência e o conteúdo que tento dar a essa aparente segurança há um fosso que nunca será transposto.
Serei eternamente outro diante de mim mesmo,
E minha porção particular de morte sempre me espreita;
Afinal quem pode escapar do fogo devorador do mundo?
Melhor que o homem não tivesse sido criado, diz um talmudista, mas já que foi que assim seja;
Ressurreição? Eu não existia, mas existo e quantas vezes não retornei das chamas...
Ah essa matemática que dirige as nossas vidas!
Numa lógica fria e demasiadamente calculista;
Não quero viver por entre a intricânsia dos objetos;
Isso exigiria familiaridade com coisas e pessoas;
Vivo num dilema entre o que penso que sei e o que realmente sei,
E entre o jogo de máscaras, o espetáculo do mundo, a ignorância simulada nos leva a viver com ideias que, se de fato vivêssemos, estremeceriam como um abalo sísmico toda nossa existência;
Diante desse dilema, compreendemos com precisão cirúrgica, o abismo sem fim que nos separa de nossas próprias convicções.
O mundo se fragmenta clarões nos instigam ao conhecimento, esvaziando a familiaridade que nos daria paz;
[Parece que o inverossímil e o absurdo, tal e qual como a hora do nosso nascimento ou a hora exata de nossa morte que os sistemas nos informam, da qual nunca desconfiamos, é capitulado na nossa crença porque o absurdo não é crível, por que não é crível descrer]
Enquanto isso minha pobre alma, ah minha alma! Tem obsessão pela clareza, e deseja a verdade;
Mas ela tem como certeza que a única narrativa significativa do pensamento humano é a que diz dos arrependimentos e das impossibilidades.
E que os mais significativos assuntos da história humana são a transitoriedade, resistência, destruição, esperança...
E entre a certeza que tenho da minha existência e o conteúdo que tento dar a essa aparente segurança há um fosso que nunca será transposto.
Serei eternamente outro diante de mim mesmo,
E minha porção particular de morte sempre me espreita;
Afinal quem pode escapar do fogo devorador do mundo?
Melhor que o homem não tivesse sido criado, diz um talmudista, mas já que foi que assim seja;
Ressurreição? Eu não existia, mas existo e quantas vezes não retornei das chamas...