Não me chame...
Meu corpo é o templo dos teus sagrados pecados...
Leve como resto de nuvem levada... Escancarada!
Nuvem com olhos e lábios aguçados... Apaixonados?!
Olhos com um olhar de maldade inocente... Incoerente!
Boca fresca de extrema pertinência... Reticências...
Lábios luminária com força mínima de sete velas... Aquarelas?
Seios cálices alteados, uma mistura gótica-barroca... Na tua boca!
Pele fresca, perfumada com pétalas orvalhadas... Tua estrada!
Tenho qualquer coisa de pássaro volúvel...
Posso voar a qualquer momento...
Pode ser que, num piscar dos teus olhos
Não encontre mais meu riso-inteiro
Ou minhas tramas-metades!
Não parti, me fui devagar...
Não me chame...
... Voltarei de súbto, adocicando o fel das tuas dúvidas...