O Fruto Que liberta

O Fruto Que liberta

(Rael Maes)

Quando cai

Não chorei por estar perdido

E sim por não saber oque fazer

Olhei ao meu redor

Dezenas de outros como eu

Que se mataram por puro desespero

Andei pelas sombras

Ouvindo meu eu comigo mesmo

E os gritos que ecoavam em silencio

Encontrei uma caverna

E lá passei anos a meditar

O porquê de ter caído neste lugar

Lembrei-me de tudo

Havia feito algo não indicado

Descobri onde estava o fruto que liberta

E através dele

O significado do amor, do ódio.

Do que é inerte e é móvel

Então, fui aprisionado.

E no calabouço, contei minhas descobertas.

A todos os desobedientes, que por lá estavam.

Após isso, fui enviado a este mundo e

Agora sei que não se pode saber tudo.

Este é o maior preceito

Ser sábio como Deus

É ser um Deus com pecados...

E hoje me chamam de Diabo

O fruto, não é proibido.

Apenas o tornava livre

Pai de si mesmo

Agora sou filho sem pai

Eterno e abandonado

Sei de tudo, mas, não posso voltar atrás

O já feito, trouxe o efeito de hoje

Que o futuro trouxe através dos tempos

Penso e sei, portanto respondo por isso