MIL E UMA NOITES.
Declarei-me em prosa,
Decompondo em sonetos a minha paixão
E em versos disse ao mundo do meu amor por ti.
Coisa minha, bem sei...
Todavia, se em mil e uma noites, te entregares e amar,
Ainda assim jamais te amarão, desse modo tão meu, de querer-te.
E se em outras tantas, mil e uma noites, eu silenciar.
Do meu amor por ti, em nenhum outro instante, voltar a dizer-te,
Não creias que se tenha morrido esse amor, num todo singular,
Por ser o amor, imortal, distinto dos seres.
Mortais e diferentes em seus efêmeros quereres
Acredita, foste tu a anunciar-te finado para este amor.