O MISTÉRIO DO MEU SER
O MISTÉRIO DO MEU SER
Identifiquei-me eletronicamente com aquele ser mascarado
Sabia que aquela persona aprisionou ou aprisionará meu ser
No íntimo éramos o mesmo espírito, em tempo diferente
O ser do observador, sem forma, era o mesmo do observado
Que, por sua vez, observava o observador, invisível aos olhos carnais
O mascarado observado era visível à persona do ser invisível
O observador sem forma e o mascarado visível
Ambos observadores, que pairavam no cimo do monte circular
Em cujo centro, profundo, jazia meu sonho
Tentei nele adentrar, mas, diante da intensidade do brilho de sua luz, Cessei no primeiro passo rumo à descida na luz misteriosa
Arrependido, desde então, busco realizar o reencontro
Busco despertar, da ilusão, do relativo, rumo ao absoluto
Busco estar diante do grande abismo
Que hei de atravessar
Sem perder a individualidade na Grande Unidade
E se decifrares meus versos
És peregrino da mesma linhagem
Que caiu degenerada
Mas, arrependida, se regenera em busca da reintegração
E não seremos devorados!