Ah, velhos passos...
Ah, velhos passos...
Engulo meus suspiros dentro das palavras...
Palavras que se tornaram redoma, parecia que me protegia.
As mesmas palavras desviaram meu caminho rumo as estrelas.
Fiquei um longo tempo rodopiando como papel ao vento,
entregue ao desnorteamento!
E agora, nas esquinas das minhas antigas saudades reencontro você, velhos passos esquecidos.
Por que trocou o rumo santo e buscou na floresta dos insanos, um lobo cantante?
Lobo esse que levou em fartas mordidas a inocência esquecida.
Formou-se um vendaval na minha cama vazia...
Fui de encontro a um verão desencontrado,
rascunhando palavras fingidas num espelho quebrado...
Agora vejo o reflexo tardio, nada tinha muita importância.
Fui só idas e vindas num ego sobressaliente...
Esse tempo cavalgante nos ventos, retira as poeiras das faces mascaradas... Forma-se um vácuo turbulento.
Ah, velhos passos...
Me volta oferecendo Belas rosas...
Cujas as pétalas abre-se em verdades acabrunhadas e desvanecidas...
Para onde?
Para onde vai o brilho dos seus olhos
quando se perderem das redes da minh'alma?
Eu sei... Eu sei!...
Vai em busca de outros passos perdidos!!!