Solidão de poeta
Perco-me num emaranhado imaginário...
Num canto isolado do pensamento.
É como se tivesse a admirar uma colcha de renda
Entre bilros a confeccionar.
Juntando cada letrinha vão palavras construindo.
Cada inspiração num sentimento devotado e belo...
É um feito com arte, singelo...
Na criação de um poeta.
Antes era um papel em branco...
Hoje na telinha, o poeta vê o azul do mar...
Sobre ondas devaneia versos...
De fundo, ouve-se uma orquestra a tocar.
Entre o quadrinho da janela pousa o olhar, e
ver o inesperado.
Respingados de chuva a comemorar no jardim,
entre borboletas e beija flores.
Uma fonte de água pura escorrendo...
Enquanto germina a semente.
De felicidade...
Um casal de namorado se beija, com ternura...
De tristeza...
Uma lágrima no rosto rolando desordenadamente...
Ver também o fim de tudo.
De um amor antigo sofrido se esvaindo no tempo.
E um ser esmagado pelo sofrimento.
Um mergulho num mar de pensamentos,
Um vôo sem asas pelo espaço fantasiando idéias.
Esse é um mundo de imaginação fértil...
É o poder, é a criatividade, é a consagração
Isso tudo...
É solidão! A inseparável companheira do poeta.