Fragmentos e Cismares 25
[HORAS DA MADRUGADA...]
Passam lentamente, arrastam-se cansadas, as horas da madrugada... sonolentas mas insones... vagam no breu...
São como coiotes inquietos.
Na ante-sala do dia, o silêncio faz um barulho enorme no peito! Soma o que somos, pensamos, anseios e medos. Preocupações. Decepções. Lembranças na pele, nos dias e na agonia.
O silêncio geme, sangra, atravessa o corpo e o clarão da noite no escuro.
Coiotes ansiosos, uivamos para a Lua.
E ela, matreira, evade-se.
imagem: sapo.pt