Fragmentos e Cismares 25
      

       [HORAS DA MADRUGADA...]

      Passam lentamente, arrastam-se cansadas, as horas da madrugada... sonolentas mas insones... vagam no breu...
São como coiotes inquietos.
      Na ante-sala do dia, o silêncio faz um barulho enorme no peito! Soma o que somos, pensamos, anseios e  medos. Preocupações. Decepções. Lembranças na pele, nos dias e na agonia.
O silêncio geme, sangra, atravessa o corpo e o clarão da noite no escuro.
Coiotes ansiosos, uivamos para a Lua.
E ela, matreira, evade-se.





imagem: sapo.pt

KATHLEEN LESSA
Enviado por KATHLEEN LESSA em 25/09/2008
Reeditado em 27/02/2011
Código do texto: T1195924
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