A VIDA DE UM POEMA
das entranhas deixamos nascer um poema
a sensibilidade da alma se faz visível
regando, adubando ,libertando...
e quando cria asas,percorre mundos
trocando de mãos
remando lagoas,oceanos
abraçando aflitos
chorando dores
amando amores
e caminha, sem perder caminhos
mesmo que sejam desertos
pântanos ou abismos
com rasgos de ternuras
macias,suaves letras vai a todos tocando
muitas vezes, delirantemente feliz
arrebatando sensualidade e paixões
dançando nas sinuosas sombras
teclando pianos,harpas ,violinos
voando infinitas orquestras
ou sangrando aflitivas emoções
e o poema vai amadurecendo
o poeta envelhecendo
e a poesia sempre,sempre renascendo
conquistado paraísos
sem pátria
no seu berço-mundo!
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JF/MG-28/01/06-12h