A construção do pensador
Eis aí o que murmura:
“Para mim? Resta nada!”
E com a mente obscura,
aumenta a multidão cansada.
Em que coopera pra melhor?
Diga-me trabalhador...
Só sabes este sermão de cor:
“Quanta injustiça, quanta dor!”
És pedreiro, és doutor?
De que importa em que te formas!
Teus feitos é que te dão valor,
não o diploma que entornas.
Pega tuas mãos calejadas ou refinadas
E constrói o que te felicita.
Cala-te com estas palavras amarguradas!
Apenas preocupa-te e medita
com aquilo que vê e reclama
e enfim faz da tua fala erudita,
da tua ação magnânima
e da tua vida bem vista.