Alicerce


Hoje estou entre as muralhas de mim...(construção frasal, fraca, mas é assim) Em desafios, escondo-me... Para não lembrar-me de nada.
Não tenho pressa... Não tenho medos... Apenas estou retornando.
Não sou as estradas que percorrestes... Por isso, te perdes, em meu caminho...
Palavras santas... Palavras soltas... apenas palavras! Minhas muralhas serão vigias.... Recolho-me ao meu alicerce... Retorno à minha obra.
Pensei em ti, na madrugada fria... Pareceu-me que as muralhas se fecharam...
Não sabes, ao certo, o que procuras... Parece vil... Parece nunca!
E recolhendo-me, em face escura... Entre a solidão e o aconchego... Tenho os meus joelhos, perto do queixo... Tenho os meus olhos, num só aclive.
Que estradas tortas, essas que percorrestes!... Que te deixam cego... Que te deixam vento.
As minhas, cuido bem delas... Se há toque entre elas, são apenas lembranças. Não há encruzilhadas que me afastem.
E são meus versos que me conduzem... Ao peito meu. Nenhuma palavra será mais dita... Hoje, morre o que já foi teu...
Não sou as estradas que percorrestes... Por isso não reconheces o  meu caminho...