NÃO CREIO
NÃO CREIO ...
Donde vim ?
E... vim porquê ?
E para quê ?...
E quando vim,
tratou-se de quê?
Duma chegada
tão simples, assim,
ou dum regresso,
diverso,
a uma vida já desenhada?...
E... para onde irei ?
E nessa circunstância,
tratar-se-á duma partida
para longínqua distância,
num outro plano de vida,
ou simplesmente partirei ?
E... ao partir...
Ainda que sem sentir...
Não estarei encetando
e subtilmente iniciando
uma nova etapa,
seguindo um novo mapa
rumo a um outro patamar
onde, por fim, me possa encontrar ?
Não serão, a vida e a morte
duas formas de inicio,
embora em diferentes dimensões?
Talvez, sendo a segunda a mais forte,
a primeira envolvendo o sacrificio...
Mas sendo, uma da outra, extensões...
Por isso, ambas caminham de mãos dadas
formando um par inseparável,
numa ligação inquebrantável !
Talvez uma, sendo da outra, o seu reverso,
apesar do que isso tem de perverso ....
E ...
Não creio que se nasça para se morrer,
mas sim e exactamente
para o inverso ...
Mais precisamente ...
Creio que nascemos para se renascer ...