Cotidiano [Veneno]

Amarga palavra que sai dos doces lábios,

Terrível ilusão dolorosa de dar calafrios...

Sentimentos vagos e náufragos, como mar sem navios.

- É Tudo isso que sinto, é tudo isso que vejo...

Gota pranteosa que cai cálida

Tingindo em rebu a calejada alma,

Rasgando do coração a fibra pálida;

- É tudo isso que sinto, é tudo isso que vejo...

A pele desmoronar e rasgar as estruturas,

Segurando e sangrando ferimentos pelas bravuras,

Apagando o Amor em veneno...

- É tudo isso que sinto, é tudo isso que vejo...

A vulgaridade tomar conta da mente

Dos dias fazer-se em orgias,

Um lupanar cotidiano e carente.

- É tudo isso que sinto, é tudo isso que vejo...

Tristeza, raiva, melancolia,

Luxuria, indiferença, arder...

carne, corpo, ódio;

Sangue...

Mancha langue

De quem morre de prazer.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 01/02/2008
Reeditado em 01/02/2008
Código do texto: T841773
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