queria dizer a você
 

Na solidão do seu quarto; 
no cotidiano das ruas;
debaixo das  pontes, 
nas favelas,
na ilha, 
na praia 
em alto mar;
de avião, 

Em uma BR;

De trem;

No ônibus;

Em qualquer lugar; 
canto,

Ou recanto;

Em sua cadeira predileta;
Conecte-se ao transcendente; 
Pratique o bem nem que seja por bondade;
Ame desinteressadamente, 

Saiba ter, mas com desprendimento;
Não aponte no outra aquilo que te falta; 
Faz da passagem caminho, 
Não olhe com banalidade para as estrelas que no firmamento cintilam;
E não ignore o sol que nos mantém vivo,
Esta pode ser a sua última visão;
Seja uno, sem perder a noção do todo, 
Não deixem arrancar-lhe do sono,  o sonho;
Desespere-se, angustie-se por não ter vivido o hoje;
pois o amanhã não existe, só o presente contínuo;
Quebre todas as amarras; 
Não ache que sua casa é o mundo, 
Pois  o mundo é que é a tua  casa;
não seja um idiota otimista,
ou um pessimista sem saídas;
Deslumbra-te com a vida como aqueles espectadores que vão pela primeira vez ao cinema e ficam maravilhados;
Celebre-a a cada instante;
Acredite que há  saídas e que inclusive pode ser a ponte;

Pois bem sabe que a vida é um enredo,
Quem tem como desfecho  a morte;

 

 

Labareda
Enviado por Labareda em 01/01/2008
Reeditado em 14/06/2014
Código do texto: T798537
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