Imaterial...
Daqui um tempo...
nem sei o tempo...
desapareço daqui... viro em nada
eis que nada sou
e, mesmo
que fosse tudo
restarei em nada ser.
Apenas mais um, na fila, como tantos
implorando por um humano renascer.
De alguma forma, o tempo equaliza...
os nada
com
os tudo
e percebemos que nada é nada e tudo
é nada.
Entre o tudo e o nada, evoluímos... ao
compreender que podemos alcançar a
tudo sendo nada; que jamais seremos
nada ao desejarmos tudo. Imaterial...
O que restar de material, talvez vire...
alface.
Eis a outra face, alface.