Pedra sonora
Quando jorra e soa, aos borbotões, não há mão em taças, não há pulsão que estanque, não há amor que renasça do limbo.
Quando jorra e soa, o trovão fica piano, a lua rouca entrava o vagar, e vago:
vácuo existente é saciado.
Quando jorra e soa o verso, quando explode, nem seu sorriso de cova, nem seu abandono fatal faz o gelo vingar.
Aqui não, coração! Aqui a pedra canta, aqui o passado não há. Não há conjecturas com o limo.
A pedra vulcânica, epidérmica, aqui treme e cora. Não carece o carinho de escultura da dinamite.
Estilhaços.