Ode ao Buraco Negro

Ó criatura mitológica que a tudo atrai!

Nada escapa de ti! Nem a luz livrai!

Tu nasces de uma estrela que morre

Depois que o momento único ocorre

Momento o qual tempo e espaço se unem

Tanto que em um ponto se confundem

Aumentando a gravidade em imensidão

Em seu horizonte de eventos tudo sofre atração

Entidade que varia em dimensão espacial

O maior possui vários quilômetros, é colossal

Que em relação ao sol, sua massa é maior em milhões

O menor não passa do tamanho de um átomo, os anões

Habitam no centro de todas as galáxias

Os supermassivos que em soberania

Regulam o equilíbrio destas

Aumentam quando nasce estrelas

Nós que somos poeiras na vastidão universal

Caso entrássemos em um, viveríamos outro real

A gravidade nos faria compressão

Sofreríamos um tipo de espiralização

Estão sempre no caminho da autodestruição

Sua morte vem do seu mecanismo de destruição

Da força gravitacional vem o horizonte de eventos

Que provoca seu crescimento e também seu caos

Até parecem indestrutíveis, até um limite

Limite o qual só a imensidão do tempo restringe

Pela perca de massa por partículas em separação

Uma vai para o espaço e outra para desintegração

Seguindo o tempo em evoluções quase infinitas

Sua oscilação, cresce e decresce até se tornar finita

Ao vapor se esvai o grande ser titânico esfacelado

Resposta do grande colapso que universo é reiniciado?

Hugo Britto
Enviado por Hugo Britto em 02/03/2021
Código do texto: T7196824
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