SANTUÁRIOS

Neste poema convido Nossa Senhora a vir de novo à Terra, em nome da PAZ e do AMOR...

Perante o adultério

De uma senhora de bem

Qual virgem Maria

Nossa Senhora

Decide vir à Terra

Não para falar

Aos povos de todo o mundo

Para se entenderem

Para se amarem

Mas apenas para falar

Com dois pastorinhos

Nascendo assim

O santuário de Lurdes

Porque era importante

Para combater

E enfraquecer o heroísmo

Duma França Iluminista

Vanguarda da liberdade

Antes que contagiasse

Não só toda a Europa

Mas todo o mundo

Mais tarde

Esta história foi contada

No livro Missão Abreviada

Num país chamado Portugal

Que se apropriou

Das grandes riquezas

Da Igreja católica

Perseguindo seus mentores

Nos campos a fome grassava

E uma mulher

Das poucas

Que sabia ler nessa época

Contava às filhas

Essas histórias

Entre essas crianças

Estavam Lúcia

Jacinta e Francisco

Aí Nossa Senhora

Vendo Deus

A dormir eternamente

Decide mais uma vez

Descer ou subir dos céus

Não para falar com dois

Mas com três pastorinhos

Decorria a I guerra mundial

Mas ela não falou

Aos principais beligerantes

Alemãs e ingleses

Promovendo a paz

Acabando com a guerra

E todas as guerras

Não

Ela foi dizer aos pastorinhos

Esfomeados e doentes

Sem um beijo

Ou um abraço lhes dar

E a muita distância

Não fosse a tísica lhe pegar

Que a guerra ia acabar

Como se toda a guerra

Não acabasse um dia

Advertindo-os que tudo

O que lhes iria revelar

Qual conversa da treta

Teria de ficar em segredo

O que é tão estranho

Como sua viagem à Terra

Depois ainda voltou

Nos cinco meses seguintes

Não para ir à Rússia

Acabar com o comunismo

Que ainda não tinha começado

Mas ao mesmo lugar

Aos mesmos pastorinhos

Que tinham de aprender a ler

Para lerem a bíblia

E rezarem o terço

Quebrados os segredos

Nascido o santuário de Fátima

Maior negócio de Portugal

Um século depois

Qual cereja sobre o bolo

Vem o Papa Francisco

Validar a maior mentira

Ou vigarice do século XX

Em vez de expulsar

Os vendilhões do templo

E como não há duas sem três

Peço eu poeta activista

Venha Nossa Senhora outra vez

A pé ou de bicicleta

Faça montes de milagres

Milagres a sério

Apareça na Palestina

Abrace e beije esse povo

Preso em sua própria terra

Alvo de autêntico genocídio

Mas tenha cuidado

Os genocidas atiram

Sem olhar a quem

Continue pela Líbia

Síria Afeganistão Iraque

Chade Éritreia Quénia

Sempre com muito cuidado

Caem bombas a todo o instante

Acabe com essas

E todas as outras guerras

Melhor ainda

Pense em todos os países

Metamorfoseie todas as armas

Em cravos girassóis florestas

Todas as instalações militares

Em lagos e centros culturais

para diversão e alarde

de crianças adultos idosos

tigres melros golfinhos

ah só mais uma coisinha

espalhe por todo o planeta

sementes muitas sementes

sementes de amor

pensamentos de felicidade

sentimentos harmoniosos

para que nunca mais

um terráqueo faça mal aos outros

sem esquecer que terráqueos

são todos os seres vivos

e todos devem ser respeitados

logo nós humanos

devemos deixar esse mau hábito

de mal tratar matar

ou comer outras espécies

até porque não é saudável

alimentar-se de cadáveres

Policarpo Nóbrega

Policarpo Nóbrega
Enviado por Policarpo Nóbrega em 13/05/2020
Código do texto: T6946068
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