Minasoriente

Portal de chá,

clave remota

terra que,

antes desprezada,

toma forma no verde,

marrom da madeira

e lanternas

de vermelho berrante.

Dragão de esgar

esgarça as posturas

de Buda

um toque na gleba

do incognoscível,

na pele de seda,

no pano branco

de sua camisa nova

o emblema do triângulo de Minas.

Perfume de flores,

estátuas belicosas,

estátuas gentis.

A tirania do ser domesticada

aurora de uma amizade

ainda antiga em terras paulistas.

Minasoriente

é a sigla,

Sidarta,

postura,

palavra,

gesto não mais desgastado,

embotado.

É reverência,

perdão,

rota,

um norte.

Uma retomada:

paz oriental.