Poeira nas estrelas
Ando aprendendo a desaprender
A lembrar do que devo esquecer
A (me) perdoar para melhor viver.
Tenho experimentado a cada vez outro caminho
Valorizado minha companhia quando estou sozinho
Degustado cada gota de um inédito vinho.
Assinei com o tempo um pacto de não agressão
Abdiquei da utopia de sempre querer ter razão
Sem abrir mão da imaginação, senti meus pés no chão.
Diminui meus prazos de projetos e planos
Abri mão de contar aniversários e anos
Parei de aumentar a importância de pequenos danos.
Talvez ainda tenha tempo de valorizar a vida
Resgatar ao máximo cada emoção perdida
Deixar algo para minha existência não ser esquecida.