SOL SEM FOGO
Rubra ‘aura escureceu-se diante dos olhos
Fenecida, não nos deu a graça do seu brilho.
Ébrio, o olhar de espanto “recita” o estribilho:
Oh! Aura rubra!
Vós cobristes meu olhar, com antolhos.
Ó céu turvo!
O fogo que queimava a epiderme
Tão intensamente, que chegava à derme.
Agora jaz! Em blackout.
A energia que acendia o dia.
O fogaréu queimando no infinito.
Chora o céu órfão, do teu clarão.
Vós nos alcançais,
Mas nós não o alcançamos
Para jamais permitir
Que teu fogo se apague.
Ênio Azevedo.