SOL SEM FOGO

Rubra ‘aura escureceu-se diante dos olhos

Fenecida, não nos deu a graça do seu brilho.

Ébrio, o olhar de espanto “recita” o estribilho:

Oh! Aura rubra!

Vós cobristes meu olhar, com antolhos.

Ó céu turvo!

O fogo que queimava a epiderme

Tão intensamente, que chegava à derme.

Agora jaz! Em blackout.

A energia que acendia o dia.

O fogaréu queimando no infinito.

Chora o céu órfão, do teu clarão.

Vós nos alcançais,

Mas nós não o alcançamos

Para jamais permitir

Que teu fogo se apague.

Ênio Azevedo.

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 26/05/2019
Código do texto: T6656978
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