O Oráculo!

Venha com suas virtudes

Entre no céu das minhas lembranças

No silêncio que habita em mim

Há um espaço sagrado à sua espera

A porta está aberta, entre!... Se preferir, com os pés descalços

Não faça alarido, há uma criança debruçada na janela

Espalhei folhas de alecrim

No caminho de entrada, o jardim é rústico

As sementes de linhaça estão espalhadas: pise-as

As lembranças adormecidas empregna o ambiente...

Os segredos de ontem ficaram lá refletidos

Num longo lago onde mergulho para ver o meu lado inferior

Não fale, tenha cuidado na travessia

Não deseje me conhecer, basta olhar para si

Meu ser poeta acolhe

Meu eu desconhecido dorme

Entre, repare os símbolos africanos no canto esquerdo da parede

Siga o olhar do Avatar

Há um vaso branco no chão

Deixe os adornos que carrega na porta...

Vá em silêncio, deguste o cálice se estiveres em equilíbrio

O Oráculo está à sua espera!

Ouça a música que vem do corredor...

Viu a criança correndo!?... Ele ainda procura a porta...

Que houve? Não sabe descrever?

É assim, exatamente assim, que me sinto

Quando vejo esta mulher, com vestido safira

Fluindo do interior do meu jardim

Lázaro zachariadhes
Enviado por Lázaro zachariadhes em 15/03/2019
Reeditado em 15/05/2021
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