Metade de mim é dúvida.
Outra metade de mim é certeza
das incertezas solenes da vida.
Metade de mim é vidente.
Outra metade de mim é intuitiva
Acredita mesmo naquilo que
não pode ver.
Metade de mim é cética e racional
Outra metade é abstrata e sentimental
Metade de mim é rústica e natural
Outra metade é a seda mais fina,
o gosto mais refinado e
o delírio mais sincero
Metade de mim quer força
Outra metade de mim quer sabedoria
Metade de mim é alma
Outra metade é corpo.
Uma metade quer colisão.
Outra metade quer solidão.
Espasmo no peito.
Movimento involuntário.
Inspiração conturbada
Metade de mim é poesia.
A outra metade é prosa.
Complexa e amarrada na
semântica contemporânea.
Um cais sem mar
Ou um mar sem cais.
O infinito que mergulha em
si mesmo.
E se descobre finito,
humano e errático.
Se descobre
cotidianamente
metade da metade.
Ínfima e perdida na
profundidade do
pensamento.
Outra metade de mim é certeza
das incertezas solenes da vida.
Metade de mim é vidente.
Outra metade de mim é intuitiva
Acredita mesmo naquilo que
não pode ver.
Metade de mim é cética e racional
Outra metade é abstrata e sentimental
Metade de mim é rústica e natural
Outra metade é a seda mais fina,
o gosto mais refinado e
o delírio mais sincero
Metade de mim quer força
Outra metade de mim quer sabedoria
Metade de mim é alma
Outra metade é corpo.
Uma metade quer colisão.
Outra metade quer solidão.
Espasmo no peito.
Movimento involuntário.
Inspiração conturbada
Metade de mim é poesia.
A outra metade é prosa.
Complexa e amarrada na
semântica contemporânea.
Um cais sem mar
Ou um mar sem cais.
O infinito que mergulha em
si mesmo.
E se descobre finito,
humano e errático.
Se descobre
cotidianamente
metade da metade.
Ínfima e perdida na
profundidade do
pensamento.