Naquela colina estava um velho ancião
tocando tambor, sua neta dançava
em puro transe e numa dança louca
e nos céus as nuvens se agrupavam...

 
O som era profundo quase celestial
no vale todos se arrepiavam com ele
sinal de grandes tempos chegando
hora da humanidade ter que mudar!

No ar pairava um profundo mistério
e os meus antepassados renasciam 
nas folhas dos galhos, na voz do vento
no animal que livremente voava no céu...

E o rugido do Urso ecoava pela montanha
os tambores tocavam mais fortes ainda
o vento soprava agressivamente, sem dó
levando todas as lembranças do agora!

Os sinais de fumo já chegavam quase ao céu
levando a irmã Ursa como sua mediadora
E os cantos dos nossos ancestrais entoam
pela montanha fora aos ouvidos dos mortais...

O som sublime da flauta ilude os parentais
não somos nada, não somos nada por aqui
nem os conservadores da nossa herança
pois estamos queimando tudo e maltratando...

Irmã Ursa nos perdoe, pois somos tão pequenos
que não escutamos as dores e os gritos da terra
nem respeitamos os mares e muito menos os rios
somos prisoneiros dos nossos vícios e materialismo.

Nossas almas obscuras dançam sobre a nossa dor
não sabemos nada, do que amanha será da terra
queremos curar os oceanos e os nossos amados rios 
Será espirito da natureza de que ainda seremos capazes...
Betimartins
Enviado por Betimartins em 06/01/2018
Reeditado em 06/01/2018
Código do texto: T6218974
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